Bed Friend: Uncut (2023)

Não tem novidade, mas tem NetJames e isso basta...

Bed Friend é aquele BL que não tenta reinventar a roda, e ainda bem. Ele sabe exatamente o que quer entregar: química, tensão sexual e um pouco de drama no pacote. E olha, o que ele promete, ele cumpre direitinho.

A química entre Net e James é simplesmente absurda. Desde o primeiro episódio, dá pra sentir a tensão entre os dois, daquele tipo que te faz prender a respiração esperando o próximo olhar, o próximo toque, o momento em que tudo vai explodir. E quando acontece, acontece com gosto. As cenas mais quentes são muito bem feitas, nada de vergonha alheia ou fanservice mecânico, tem cuidado, tem entrega, tem intenção. Você acredita no que tá vendo. Não parece encenação. Parece emoção.

Mas o que realmente me prendeu foi o Uea. Ele é um personagem com peso. Tem trauma, tem barreira, tem dor escondida debaixo de uma fachada de indiferença. E ver ele aos poucos se permitindo sentir, confiar, se abrir… foi o que deu profundidade à série. Ele carrega metade do drama nas costas, e faz isso com consistência. Dá vontade de abraçar e proteger, e às vezes, de mandar ele parar de fugir da própria felicidade.

A produção também ajuda muito. Fotografia bonita sem exagero, trilha sonora que acompanha bem o clima e uma direção que entende como filmar intimidade sem cair no vulgar ou no constrangido. Dá pra ver que alguém ali atrás das câmeras sabia o que tava fazendo.

Agora, claro que não é perfeito. O roteiro segue aquele caminho já bem batido: amizade colorida, ciúmes, afastamento, reconciliação. Você meio que já sabe como tudo vai se desenrolar. Tem umas situações que cansam, tipo o vilão aleatório, o ciúmes fora de hora, os mal-entendidos meio forçados só pra dar aquela esticada no drama. Dá vontade de passar pra frente e ir direto pras partes boas, porque tem umas enrolações que a gente já viu mil vezes em outros BLs.

E os personagens secundários? Meio esquecíveis. O Jade até que funciona, mas o resto parece só estar ali pra preencher espaço. Dava pra aproveitar melhor os colegas de trabalho, dar mais vida ao mundo em volta do casal, mas não rolou. A série é 90% focada no Uea e no King, o que, nesse caso, até dá pra perdoar, já que os dois seguram tudo com carisma e intensidade.

No fim das contas, Bed Friend é um BL que acerta no básico e brilha nos momentos certos. Não é profundo, não é revolucionário, mas é envolvente, gostoso de assistir e com um casal que realmente faz valer o tempo investido. Se você curte um bom drama com tensão sexual bem construída, esse aqui é pra você.

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MAGNÍFICO E SURPREENDENTE

Assisti essa série com a versão original primeiro e depois conheci essa perfeição que é a versão sem cortes.
Como eu disse na resenha anterior desse mesmo drama a história é perfeita e tem a dose certa de humor e profundidade, existem muitos momentos leves e gostosos de se acompanhar e também tem seu lado sensível por conta de todos os traumas do Uea.
A amizade com benefícios funciona muito bem e tem cenas eróticas excelentes nos primeiros episódios (e no último episódio também), tudo cria um clima perfeito pra cena, a música, as cores, o jeito que é filmado. É muito bom, sério.
As atuações são excelentes, as cenas são bem dirigidas, os diálogos são maravilhosos independente de ser uma cena fofa, engraçada ou triste.
A trama é fluida e você nunca quer que acabe, quando acaba você fica triste e quer mais. Espero ver mais romances nessa pegada pois ele tem um toque muito diferente que me fez amar desde o primeiro episódio.
Se fosse pra fazer algum tipo de ressalva eu só diria que o King poderia ser um personagem mais trabalhado e que no final a relação deles deu uma regredida a pedido do Uea (senti um pouquinho de sadismo da parte dele querendo que o King se humilhasse por ele sem poder encostar), foi um pouco contraditório levando em conta o ponto do relacionamento deles, mas não apaga o brilho de todas as outras coisas presentes na trama.

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