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Completed
Demon City Oni Goroshi
1 people found this review helpful
Mar 26, 2025
Completed 0
Overall 1.0
Story 1.0
Acting/Cast 8.0
Music 10
Rewatch Value 1.0
This review may contain spoilers

Chato

Que filminho ruim, viu? Nem vou terminar. Fui até a metade e já foi mais do que suficiente.

Apesar da cinematografia bonita, a história tem a profundidade de um pires. São tantas cenas vazias de luta que, por um momento, achei que estava assistindo a um filme estadunidense genérico.

Não tenho do que reclamar das cenas de ação, elas são muito bem executadas, e o Ikuta entrega tudo nelas (o cara é bom, não tem jeito). Mas de que adianta quando o personagem mal tem falas e a narrativa é praticamente inexistente? Metade do filme se resume a pancadaria sem substância, sem um enredo realmente envolvente por trás.

E a suspensão de descrença aqui simplesmente não existe. O protagonista leva um tiro na cabeça, é dado como morto, depois descobre que está vivo, mas tetraplégico. Do nada, se recupera milagrosamente e já sai por aí matando uma multidão como se nada tivesse acontecido. É tudo muito forçado, uma tentativa óbvia de reforçar o quão fodão ele é, sem o mínimo de coerência.

Não gostei do que vi e não faço questão de ver o resto.

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Completed
Tokyo Tower
0 people found this review helpful
10 days ago
Completed 0
Overall 4.0
Story 4.0
Acting/Cast 8.0
Music 10
Rewatch Value 1.0

Faltou algo

Gostei de Tokyo Tower? Gostei sim, mas ele poderia ter sido muito melhor.

A maior prova disso é que o casal secundário, com bem menos tempo de tela, foi muito mais interessante e cativante que o casal principal. Além da química evidente, havia uma carga emocional mais consistente, uma trama mais envolvente e personagens que realmente despertavam curiosidade. Já o casal principal faltou de tudo um pouco.

O roteiro opta por mostrar momentos espaçados ao longo de um ano e meio na vida desses dois casais, o que até poderia funcionar, mas aqui acaba deixando tudo raso demais. A relação do casal principal é tão pouco desenvolvida que fica difícil criar empatia ou até mesmo compreender suas atitudes. Muitos acontecimentos ficam subentendidos, tanto que em vez de parecer um recurso narrativo intencional, soa mais como falha de desenvolvimento. Faltou aprofundar sentimentos, motivações, conflitos. Em certos momentos, os personagens principais agem de formas tão desconexas que parece quebra de personagem, ou ausência de construção.

A reta final também decepciona, pouco impactante e mal resolvida. Se o filme tivesse focado inteiramente no casal secundário, com sua intensidade contida e seus dilemas mais palpáveis, talvez eu estivesse aqui dando uma nota 8. Mas, como não foi o caso, fico com um 4, porque o filme, embora bonito e sensível em alguns trechos, desperdiça muito do seu potencial.

Pontos positivos? Tem também. A estética é belíssima, o elenco é competente, e a trilha sonora contribui bem para o clima intimista. Também achei interessante como o filme aborda dois relacionamentos com diferença de idade, mostrando que, apesar das particularidades, em ambos os casos o desequilíbrio emocional e as feridas que se abrem recaem especialmente sobre os mais jovens. Há diálogos e cenas que realmente funcionam — só é uma pena que sejam exceção.

Recomendo com ressalvas: vá sem grandes expectativas e talvez consiga apreciar melhor o que Tokyo Tower tem de bom, ainda que deixe tanto a desejar.

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Completed
Hungry!
0 people found this review helpful
11 days ago
11 of 11 episodes seen
Completed 0
Overall 7.0
Story 7.0
Acting/Cast 8.0
Music 6.0
Rewatch Value 6.0

Me surpreendeu

Essa é uma daquelas resenhas que escrevo com o coração apertado, porque Hungry! me pegou de surpresa e me deixou com saudade dos personagens e da atmosfera gostosa do drama assim que terminou.



Adoro quando encontro essas pérolas escondidas que se revelam cheias de personalidade, carisma e originalidade.



A proposta é simples, mas muito cativante: um rapaz que sempre teve talento para a cozinha decide seguir o sonho de ter uma banda de rock. Ele insiste nisso até os 30 anos, sem sucesso, e após a morte da mãe decide assumir o restaurante da família. Nessa transição, ele acaba descobrindo uma nova vocação e um novo propósito de vida, tudo com o apoio dos antigos colegas de banda, que, assim como ele, também estão buscando um rumo.



É uma comédia dramática com toques de slice of life, bem humana e bem natural, focada em amizade, amadurecimento, redescoberta e na busca por algo que realmente os faça felizes.



O ritmo vai se acertando com o tempo. O primeiro episódio é um pouco caótico, mas a história se aprofunda a cada capítulo, e os personagens vão ganhando vida de um jeito tão sincero que foi impossível não me apegar.



O protagonista é aquele típico baixista arrogante, bocudo, grosseirão, mas com um bom coração escondido por trás da pose roqueira. Pena que ele não tinha nenhuma veia romântica (sofri, tá?).



E a protagonista feminina... que dor no coração. Ela é um amor de pessoa, e o sentimento não correspondido que carrega por ele me destruiu. A química entre os dois era visível, a conexão era genuína, e ela foi quem mais acreditou nele, quem mais o incentivou a seguir seu novo sonho, ao contrário da namorada, que queria que ele continuasse na música.



Fiquei com o coração em pedaços ao vê-la não sendo escolhida, mesmo com tantas demonstrações de afeto e apoio. O protagonista claramente sentia algo por ela, mas, por insegurança ou ignorância emocional, nunca teve coragem de admitir, e isso doeu, muito.



O drama tem sim alguns momentos de comédia exagerada e caricata, especialmente no começo, e o antagonista também parece meio aleatório, mas de alguma forma isso não atrapalha tanto. Com o tempo, até passei a gostar dele. O foco principal — o crescimento pessoal, a redescoberta e o valor das amizades — é tão bem conduzido que essas pequenas falhas se tornam toleráveis.



A única coisa que realmente me frustrou foi o desfecho do romance. Eu, iludida, acreditei até o fim que os dois ficariam juntos. A química estava ali, os sinais estavam todos ali, até o nome do restaurante foi escolhido pensando nela, mas o roteiro não seguiu por esse caminho, e confesso que isso me deixou com uma ferida aberta (um pouco frustrada também, confesso).



Mesmo assim, Hungry! é um drama muito especial. É leve, divertido, tocante e com um protagonista pelo qual vale a pena torcer, mesmo quando ele age feito um idiota estúpido. A jornada dele é sincera e cheia de amadurecimento. Recomendo muito, principalmente para quem gosta de histórias sobre recomeços, amizade e descobertas inesperadas da vida.

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13 days ago
10 of 10 episodes seen
Completed 0
Overall 2.0
Story 2.0
Acting/Cast 4.0
Music 1.0
Rewatch Value 1.0

Entediante

Zaibatsu Fukushu: Aniyome ni Natta Moto Yome e foi, infelizmente, o primeiro drama de 2025 que realmente não me agradou.



E nem é porque a premissa seja ruim — na verdade, ela até tem potencial. O problema é que o roteiro está tão saturado de clichês que tudo se torna extremamente previsível e, consequentemente, entediante.



Não houve uma única cena que me surpreendesse ou que me pegasse desprevenida. O roteirista conseguiu reunir todos os lugares-comuns do gênero e entregou uma narrativa sem qualquer frescor, sem personalidade e totalmente desprovida de originalidade. Todos os twists estavam na cara desde o primeiro episódio.



A trama gira em torno de um homem adotado na infância por uma família rica, que o maltratou e agora é alvo de sua vingança. Só que tudo, o motivo da adoção, os abusos sofridos, a execução de cada vingança, os desfechos dos personagens e até suas motivações, segue o manual básico do drama de vingança genérico. Tudo é raso, óbvio e já foi feito dezenas de vezes, com muito mais impacto, por outros dramas e filmes.



Mesmo com alguns bons desempenhos no elenco, não consegui me conectar ou torcer por ninguém. Os personagens são incrivelmente superficiais, e nenhum deles conseguiu gerar empatia ou sequer curiosidade. A fotografia tenta remeter aos dramas japoneses dos anos 2010, o que até poderia funcionar como charme nostálgico, mas aqui só reforça a sensação de que estamos vendo algo datado.



Além disso, várias cenas escorregam para o caricato de tão exageradas, e a quantidade de furos no roteiro chega a ser constrangedora. A história é simplória, batida, previsível e, pior ainda, vendida de forma enganosa: prometeram um thriller com romance, mas entregaram apenas um thriller morno e sem qualquer química entre os personagens.



No fim das contas, é uma obra esquecível, sem alma, sem impacto e sem nada que a torne digna de recomendação. Uma grande decepção.

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Completed
Hanamizuki
0 people found this review helpful
16 days ago
Completed 0
Overall 3.0
Story 3.0
Acting/Cast 8.0
Music 6.0
Rewatch Value 1.0

Bem fraquinho

Hanamizuki não é exatamente um filme ruim, mas é tão sem sal e sem tempero.



A história não cativa, falta carisma em todos os aspectos, e mesmo que fique claro que o roteirista tentava transmitir alguma mensagem, quanto mais penso sobre ela, menos consigo entender qual era exatamente o propósito.



Existem histórias com muito a dizer mas que falham na execução, Hanamizuki, por outro lado, parece não ter nada de realmente significativo para contar.



A protagonista é apática, e mesmo o ator principal sendo alguém que por si só tem bastante carisma, não conseguiu sustentar a trama com seu personagem.



A premissa é simples: uma garota estudando para entrar em uma universidade na capital, um garoto que sonha em ser pescador, eles se apaixonam, ela vai embora, eles se separam e se reencontram anos depois algumas vezes. E é só isso. A narrativa carece de paixão, falta aquele sentimento arrebatador que nos faria torcer pelo casal, que faria o público sentir borboletas no estômago.



Visualmente, o filme é bonito. Eu particularmente adoro histórias ambientadas em cidades litorâneas, e a fotografia realmente capta cenários lindos. Mas nem mesmo essa estética foi bem aproveitada pela direção.



O ritmo é extremamente arrastado, ainda mais para um filme que não é nem melodrama nem slice of life — é apenas um drama convencional que se arrasta por duas horas sem força suficiente para justificar sua duração.



Os personagens não têm voz própria, suas personalidades são vagas e mal definidas, o que torna difícil criar qualquer tipo de conexão emocional com eles.



Enfim, Hanamizuki é um filme bem fraquinho. Não chega a ser ruim, mas também não deixa muita coisa para se lembrar. Uma história esquecível.

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Completed
I'm Home
0 people found this review helpful
17 days ago
10 of 10 episodes seen
Completed 0
Overall 7.0
Story 7.0
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 10

Profundo

Quem diria que I'm Home seria tão bom? Eu mesma não esperava. O pôster estranho somado às tags me fizeram imaginar uma história completamente diferente, e mesmo quando comecei a assistir, achei que seria outra coisa. Mas conforme a trama se desenvolveu, fui positivamente surpreendida e profundamente tocada.

A premissa é riquíssima em carga emocional: um homem sofre um acidente e perde a memória dos últimos cinco anos. Além disso, ele passa a enxergar uma máscara nos rostos da esposa e do filho, incapaz de ver suas expressões.

O drama é repleto de metáforas e analogias — a máscara, claro, é a principal delas —, e a cada episódio acompanhamos o protagonista em uma jornada intensa de autoconhecimento.

Ao descobrir fragmentos do seu passado, ele se dá conta, junto conosco, de que era uma pessoa horrível: egoísta, egocêntrico, incapaz de ver de verdade quem estava ao seu lado. Sua trajetória é marcada por dor, arrependimento e autoconsciência, é uma história de redenção genuína, construída com muita sensibilidade. Ver ele tentando, finalmente, conhecer a esposa e o filho (pessoas que antes ele mal enxergava) foi emocionante.

A escolha do ator principal não poderia ter sido melhor. Para mim, o Kimura é o melhor ator do Japão. Sua atuação é tão precisa e natural que, nas cenas que retratam o passado, parecia realmente uma outra pessoa, tamanha a transformação entre o "eu" antigo e o atual.

Claro que o drama não é perfeito. Apesar da premissa poderosa, alguns personagens secundários ficaram aquém, especialmente aqueles usados para "alívio cômico", que destoavam do tom sério e melancólico da história. O último episódio também foi um pouco apressado, e certos pontos ligados à empresa mereciam uma explicação mais cuidadosa. Ainda assim, esses problemas são detalhes frente ao todo.

Me apaixonei por essa história. Chorei em muitas cenas e me envolvi profundamente com a trajetória do protagonista, especialmente na parte mais importante de todas: sua tentativa sincera de reconstruir a relação com a esposa e o filho — a retirada das máscaras foi tão comovente que duvido me esquecer tão cedo dessa cena.

I'm Home é sobre recomeços, redenção e o poder de enxergar verdadeiramente aqueles que amamos. Recomendo muito (mas preparem os lencinhos, vão precisar).

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Completed
Bakayarou no Kiss
0 people found this review helpful
20 days ago
5 of 5 episodes seen
Completed 0
Overall 4.0
Story 4.0
Acting/Cast 6.0
Music 4.0
Rewatch Value 1.0

Meio sem sal, mas ok

Bakayarou no Kiss é aquele tipo de drama fofinho, leve, bem bobinho — quase sem sal, pra ser honesta — mas que serve para passar o tempo. Não chega a ser ruim, mas também não é bom.

Com apenas 5 episódios de 23 minutos, tem a duração total de um filme, então dá pra maratonar tranquilamente numa tarde qualquer.

Assisti sem grandes expectativas, mais por curiosidade em conhecer o trabalho do ator principal, que infelizmente faleceu recentemente, aos 24 anos. Uma perda muito triste, ele era jovem, talentoso e claramente tinha muito a oferecer.

Sobre o drama em si, eu já não esperava profundidade (embora tenha visto minidramas surpreendentemente densos antes). A trama gira em torno de um grupo de amigos tentando seguir em frente enquanto ainda carregam feridas do passado, com uma pegada colegial leve, quase infantil, e com a adição de um reality show como pano de fundo para que eles enfrentem esses traumas. É uma ideia meio boba, mas funciona dentro da proposta do drama.

No fim das contas, é um passatempo despretensioso. Se estiver procurando algo leve e rápido, só pra preencher o tempo e não pensar muito, até vale dar uma chance. Mas vá sem esperar profundidade na trama, nem nos diálogos.

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Completed
Love and Fortune
0 people found this review helpful
24 days ago
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 2.0
Story 2.0
Acting/Cast 6.0
Music 10
Rewatch Value 1.0

Japão sendo Japão

Resolvi assistir à famigerada bomba Love and Fortune para entender se ela realmente merece a péssima reputação que carrega.

E, infelizmente, tenho que concordar: merece sim.

Gosto de ver esse tipo de produção polêmica para formar minha própria opinião. Afinal, todos temos nossos guilty pleasures, e gosto pessoal nem sempre anda de mãos dadas com qualidade técnica. Não sou crítica profissional, então minha análise parte mesmo de como a história me afeta. E, nesse caso, me afetou de forma bem negativa.

Quando assisto algo com age gap, costumo me perguntar duas coisas: 1) essa diferença de idade é essencial para a narrativa? e 2) os personagens precisavam mesmo ter essas idades específicas?

Pego Lolita como exemplo. Ali, a diferença extrema de idade é o pilar central da história; sem ela, a trama simplesmente não existiria. A menina precisava ter 12 anos, o homem, ser muito mais velho. A crítica se sustenta exatamente nesse abismo entre eles.

Agora, em Love and Fortune, o menino precisava mesmo ter 15 anos enquanto ela tinha 31? Isso muda algo estrutural na trama? A resposta, pra mim, é não. Se ele tivesse 17, quase 18, ainda seria um relacionamento ilegal no Japão e ainda levantaria os mesmos dilemas éticos.

Quando uma escolha narrativa parece existir apenas para causar choque, sem aprofundamento nem propósito real, soa gratuita e, nesse caso, completamente irresponsável.

O que mais me incomodou foi a naturalidade com que a protagonista lida com a idade dele. Ela vê que ele tem 15 anos e em nenhum momento questiona suas atitudes, não hesita, não reflete sobre as implicações éticas e morais de se envolver romanticamente com um adolescente. Pelo contrário: ela se aproveita claramente de sua posição de superioridade e da vulnerabilidade dele. É um menino tímido, sem amigos, inseguro, e ela, uma mulher adulta, projeta nele seus desejos e frustrações. Foi impossível não ver isso como uma relação abusiva. Mesmo que o roteiro tente suavizar a situação com a ideia de “consentimento”, até que ponto um garoto de 15 anos tem maturidade emocional para consentir plenamente nesse contexto?

A trama até tenta, de forma superficial, abordar os dilemas de mulheres na casa dos 30: a pressão social para casar, ter filhos, manter uma carreira. Mas a abordagem é rasa e pouco convincente. O único ponto em que o roteiro realmente acerta é ao mostrar o desgaste da rotina em um relacionamento. A protagonista está infeliz no trabalho, no namoro, e ao invés de enfrentar isso com diálogo ou autoconhecimento, ela simplesmente trai. Mas nem essa traição é tratada com densidade. Ela não conversa com o namorado, não confronta os próprios sentimentos. É apática, desconectada, quase infantil. Uma mulher de 31 anos que se comporta como uma adolescente perdida, sem qualquer senso de responsabilidade sobre seus atos.

Esperei até o fim por alguma consequência, redenção ou ao menos uma reflexão mais profunda. Mas não veio. No lugar disso, vemos ela destruindo emocionalmente um garoto que ela mal conhecia, alimentando todas as inseguranças dele até o ponto de ruptura: ele abandona a escola, se torna paranoico, inseguro, ciumento. Mas, sinceramente, como julgá-lo? Ele é só um menino.

O drama me deixou com um gosto amargo. A mensagem que passa é torta, mal elaborada, e o desenvolvimento dos personagens não convence. A única coisa que posso elogiar, com sinceridade, é a fotografia. Realmente muito bonita e bem cuidada. Mas isso não foi suficiente para salvar a experiência.

No fim, achei o drama fraco, entediante na maior parte do tempo, com poucos momentos realmente bons. Não recomendo.

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Completed
Nagareboshi
0 people found this review helpful
25 days ago
10 of 10 episodes seen
Completed 0
Overall 9.0
Story 9.0
Acting/Cast 8.0
Music 10
Rewatch Value 10

Muito tocante

Poucas coisas me encantam tanto quanto ser surpreendida por um drama, e Nagareboshi foi exatamente isso.

Encontrei esse título por acaso, sem procurar nada específico, e decidi assistir sem nem ler a sinopse. Não conhecia os atores, tampouco a produção. Fui no escuro, e o resultado? Estou maravilhada.

A trama é delicada e profunda, com aquela sensibilidade única dos dramas slice of life japoneses dos anos 90/2000. A história gira em torno de um homem que, desesperado por não conseguir um doador compatível para sua irmã mais nova, conhece uma jovem prostituta e lhe propõe dinheiro e casamento em troca da doação de parte de seu fígado (é necessário pertencer à família para ser um doador). No Japão, esse tipo de acordo configura crime, já que envolve a compra de um órgão — algo feito justamente para coibir o tráfico. E o drama trata desse tema com um cuidado e uma sutileza tocantes.

Mas vai muito além disso. Nagareboshi fala sobre a doação de órgãos, famílias disfuncionais, os danos profundos da indústria do sexo, e sobre encontrar pertencimento.

A protagonista, uma mulher que nunca teve um lar de verdade, aos poucos passa a conviver com uma família e a sentir, pela primeira vez, o que é ter um lugar no mundo. É tudo tratado com extrema delicadeza, com um realismo suave e sincero, tão característico do slice of life.

O que mais me encantou foi como o drama trabalha com contrastes. Se o protagonista tem uma relação linda e saudável com a irmã, a protagonista vive um vínculo tóxico e perturbador com o irmão mais velho. Enquanto a irmã do protagonista tem a sorte de encontrar um doador, um garoto que ela conhece no hospital não tem o mesmo destino. Ele vive satisfeito com seu trabalho em um aquário, ela vive infeliz sendo forçada à prostituição.

Tudo funciona em pares opostos, e esse espelhamento constante faz o espectador refletir, comparar, sentir. Há sempre um contraste que provoca uma dorzinha no peito, e o roteiro faz isso com maestria.

Se há um ponto que me impediu de dar nota máxima, foi o antagonista (o irmão da protagonista). É um personagem confuso, mal desenvolvido. Não consegui entender suas motivações: ora parece que quer se aproveitar da irmã, ora que é obcecado por ela, ora que só está ali por conveniência. Ele funciona como contraste, sim, mas sua construção foi inconsistente, e sua trajetória, incoerente. Uma pena, porque é o único elo fraco numa trama tão bem conduzida.

De resto, tudo me agradou profundamente. A trilha sonora é linda, a fotografia é um deleite visual, e o elenco encaixou perfeitamente nos papéis.

Os dois protagonistas me conquistaram. Ele é calmo, introspectivo, protetor. Ela é ríspida, marcada por traumas, mas ao mesmo tempo indefesa e apaixonante. É lindo ver o afeto florescendo entre eles, não de forma explosiva ou idealizada, mas no cotidiano, nos silêncios, nas trocas pequenas, nos gestos de cuidado. O romance é construído com tempo, espaço e humanidade. Você sente o que eles sentem.

Nagareboshi é sobre reencontros com a vida, sobre dignidade, sobre se permitir amar e ser amado. Um drama que aquece, machuca e emociona. Eu amei, tá? Recomendo muito!

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Completed
My Rainy Days
0 people found this review helpful
28 days ago
Completed 0
Overall 7.0
Story 7.0
Acting/Cast 7.0
Music 10
Rewatch Value 7.0

Me tocou

Sendo bem sincera, comecei My Rainy Days sem grandes expectativas. Só me interessei quando vi nas tags “age gap” e “forbidden love”, e confesso, a diferença de idade entre os protagonistas me surpreendeu.

Ainda assim, não foi algo que me incomodou, até porque já vi casais com distâncias muito maiores de idade. O curioso é que o filme acabou me conquistando. Achei ótimo, apesar de algumas falhas que impediram uma nota mais alta.

Começando pelos pontos que me incomodaram: quando um filme escala atores medianos em sua totalidade, a gente consegue aceitar melhor a atuação nivelada. O problema é quando se coloca um ator experiente para contracenar com novatos ainda verdes, a disparidade salta aos olhos. E foi exatamente o que aconteceu aqui. O ator que interpreta o professor é um veterano incrível, com presença e sensibilidade de sobra, enquanto o restante do elenco jovem claramente está em início de carreira. Nas cenas em que eles dividem espaço, a diferença de nível fica gritante — não chega a estragar a experiência, mas tira um pouco da imersão.

Outro ponto que pesa negativamente: o roteiro tenta abordar temas demais em pouco tempo. Bullying, suicídio, estupro, aborto, prostituição adolescente, relação proibida, câncer terminal… todos assuntos densos e pesados, que mereciam mais tempo e profundidade para serem tratados com o cuidado necessário. A sensação é que o filme tentou abraçar o mundo e, claro, acabou tratando a maioria dos temas de forma superficial. Tenho certeza que My Rainy Days funcionaria muito melhor no formato de drama.

Também me incomodou a ausência quase total de adultos. Tirando o professor, todos os homens adultos que aparecem são apenas clientes da prostituição adolescente, o que cria uma visão distorcida e incômoda do mundo adulto. E onde estavam os pais dessas meninas? Às vezes parecia que todas moravam sozinhas, completamente emancipadas. Nem na escola vemos qualquer autoridade além dos alunos. Isso tudo contribuiu para uma “adultificação” das adolescentes, muitas vezes retratadas como mulheres independentes, o que cria um tom estranho diante da história que se quer contar.

Mas apesar de tudo isso, eu gostei muito do filme.

A fotografia é linda, tem aquele estilo dramático, típico do cinema japonês, bem trabalhado e esteticamente agradável. Jamais diria que é um filme de 2009, visualmente ele é muito atual.

A trilha sonora também é um espetáculo à parte. Escolhida com cuidado, transmite vida e sensações com intensidade, você sente o mundo daquelas meninas através da música.

Sobre o romance em si: entendo as críticas, mas achei o relacionamento entre os protagonistas fundamental para o que a história queria passar. Ela, uma adolescente de 17 anos, vibrante, impulsiva, cheia de vida e vontade de sentir tudo intensamente. Ele, um professor de 37, solitário e com um diagnóstico terminal de câncer cerebral, que já havia desistido de viver. A dinâmica entre os dois é justamente o que faz a trama funcionar. Ela o lembra de como é bom estar vivo. Não há qualquer traço de malícia no que existe entre eles — é algo puro, sincero, contrastando com os relacionamentos tóxicos e abusivos com os quais ela estava acostumada enquanto se prostituía. Ver ele se apaixonando novamente pela vida, à medida que se aproxima dela, foi tocante.

E que atuação! O personagem dele é doce, contido, um homem estranho ao mundo e com péssimas habilidades sociais, enquanto ela é popular, extrovertida, cheia de carisma. A diferença entre eles, tanto de idade quanto de energia, é o que faz com que os dois se completem. A maneira como o filme abordou a doença dele me emocionou demais, chorei tudo que dava pra chorar. A forma como ele lida com o medo, a morte, a esperança… tudo foi retratado com tanta sensibilidade que me tocou profundamente.

O final me pareceu muito satisfatório e coerente com o tom do filme. Não é o típico romance proibido que apela para a polêmica pela polêmica. My Rainy Days é, acima de tudo, um drama sensível sobre dor, redenção e renascimento. Com todos os seus tropeços, ainda assim me deixou com o coração cheio. Se não fosse pelos problemas que citei, teria facilmente recebido uma nota ainda mais alta.

Recomendo, especialmente para quem curte dramas com peso emocional.

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Completed
Shokuzai
0 people found this review helpful
Apr 7, 2025
5 of 5 episodes seen
Completed 0
Overall 4.0
Story 4.0
Acting/Cast 5.0
Music 5.0
Rewatch Value 1.0

Com potencial, porém chato

Infelizmente, estou dropando Shokuzai.

É uma pena, porque a premissa tem potencial: uma garotinha é abusada e assassinada, e embora suas quatro melhores amigas tenham visto o rosto do criminoso, nenhuma delas ajuda a polícia. A partir daí, a mãe da menina entra em colapso e promete que cada uma delas pagará por essa omissão. Uma base promissora, mas que foi desperdiçada por escolhas narrativas monótonas e, sinceramente, pouco interessantes.

A estrutura do drama opta por um formato quase procedural, com cada episódio focando em uma das meninas 15 anos após o ocorrido, mostrando como o trauma impactou suas vidas e de que maneira elas vivem sua “expiação” (que é justamente o significado do título).

O problema é que isso se traduz em episódios isolados, longos e esquisitos, cada um mais absurdo e arrastado que o outro. O primeiro episódio ainda conseguiu me prender (um pouco), o segundo já foi mais fraco… e a essa altura, não tenho nenhum interesse em acompanhar a jornada das duas restantes. O padrão se repete: trauma + vida disfuncional + penitência bizarra, tudo entregue com um tom frio, lento e distante.

Apesar da atmosfera desconfortável e até perturbadora que o drama tenta manter, o enredo simplesmente não engata. Não consegui sentir conexão com os personagens, nem curiosidade sobre o desfecho. Até a personagem da mãe, que tinha tudo para ser intensa e dramática, parece desconectada da realidade. Suas ligações com as meninas adultas soam forçadas, e sua vingança, que deveria ser um dos pontos mais impactantes da história, acaba sendo morna e sem força dramática.

É um drama que tenta ser denso e reflexivo, mas para mim, acabou sendo apenas entorpecente. Nem mesmo o mistério principal — a identidade do assassino — conseguiu me despertar vontade de continuar. E se um thriller não consegue manter o interesse por sua maior incógnita, já diz muito.

Shokuzai é um drama que prometia muito, mas entrega pouco. Para mim, foi um sonífero com gosto amargo. Estou encerrando por aqui.

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Completed
Tanshin Hanabi
0 people found this review helpful
Apr 4, 2025
9 of 9 episodes seen
Completed 0
Overall 3.0
Story 4.0
Acting/Cast 5.0
Music 1.0
Rewatch Value 1.0

Uma bagunça

Tanshin Hanabi (2023) é um drama que, infelizmente, se perde completamente ao tentar ser muitas coisas ao mesmo tempo. É como uma salada mista de gêneros — romance, thriller, comédia e drama — mas sem tempero, sem coesão, e sem uma direção clara. O resultado é uma obra bagunçada e desconexa.

A montagem é um dos pontos mais fracos: mal estruturada, com transições abruptas e cenas jogadas na tela sem contexto. Na reta final, então, o caos se intensifica com reviravoltas absurdas e um plot twist que beira o ridículo. A existência de duas pessoas idênticas, sem qualquer explicação ou fundamento lógico, não só causou confusão, como também frustração. Foi uma tentativa de surpreender que só serviu para desorientar o espectador.

O protagonista é carismático, mas infelizmente mal escalado. Ele tem uma veia cômica muito forte e é claramente talentoso para papéis leves ou voltados à comédia, mas aqui, num enredo que exige nuances dramáticas e tensão, seu estilo exagerado destoou completamente. O resultado foi que todo o tom cômico da série acabou vindo dele, e nas cenas em que o drama precisava brilhar, ele não conseguiu sustentar a carga emocional.

A trama começa prometendo um drama sobre traição, o que parecia promissor, mas de repente surgem temas como daddy issues e subtramas aleatórias que soam deslocadas e sem profundidade. Os personagens secundários também não ajudam: suas ações são inconsistentes, e suas motivações, mal desenvolvidas. É como se o roteiro jogasse elementos aleatórios na tela na esperança de que algo funcionasse.

Nem o romance se salva. A figura da esposa traída, por exemplo, é retratada com uma leveza cômica tão exagerada que tira qualquer impacto emocional de sua dor. O tal “cara das flores” é outro elemento inserido sem propósito, e sua presença só aumenta a sensação de que ninguém sabia direito para onde a história estava indo.

Apesar de tudo isso, é preciso reconhecer que a primeira metade tem seu charme: é divertida, tem cenas agradáveis e um ritmo mais leve que entretém. Porém, à medida que o drama tenta se aprofundar, ele desmorona sob o peso da própria confusão. No fim, Tanshin Hanabi não é exatamente ruim, mas está muito longe de ser bom. É um título “ok”, daqueles que dá para assistir apenas para passar o tempo — desde que você não espere coerência ou profundidade.

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Completed
Evil Dead Trap
0 people found this review helpful
Apr 2, 2025
Completed 0
Overall 4.0
Story 6.0
Acting/Cast 4.0
Music 10
Rewatch Value 1.0

Poderia ser melhor

Evil Dead Trap (1988) é um clássico do terror japonês que impressiona pelo visual e pela trilha sonora original. A cinematografia é impecável, criando uma atmosfera densa e angustiante. No entanto, quando se trata da trama, o filme deixa a desejar.

Sabemos que slasher geralmente se resume a um assassino eliminando vítimas uma a uma, mas aqui havia um bom motivo por trás dos assassinatos, algo que poderia ter sido melhor explorado.

O problema é que o filme demora tempo demais para revelar essa motivação ao espectador. O plot twist até funciona, mas é bastante previsível — dá para perceber desde o início para onde a história está caminhando.

A premissa inicial é promissora: um grupo de pessoas sendo atraído para um local específico, desencadeando a matança. No entanto, o ritmo do filme é um grande problema. As primeiras mortes demoram demais para acontecer, e várias cenas são tão arrastadas que testam a paciência. A falta de dinamismo torna algumas sequências entediantes, a ponto de eu ter demorado dois dias para terminar (quase três).

As atuações também são medianas, sem muito impacto. O ponto alto, para mim, é o momento em que a protagonista finalmente descobre a identidade do assassino. O diálogo entre os dois é envolvente, e a personalidade do vilão, junto com sua motivação, é interessante. Mas então chega o desfecho… e tudo desanda. A reta final traz uma bizarrice inesperada que me fez soltar um WTF?! O que eu tô vendo?! E aqueles segundos finais foram terríveis.

No geral, Evil Dead Trap é um clássico assistível, mas não é um terror que assusta nem um slasher que marca. Ele entrega um bom visual e uma ótima atmosfera, mas falha em ritmo e impacto narrativo.

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Mar 31, 2025
6 of 6 episodes seen
Completed 0
Overall 9.0
Story 9.0
Acting/Cast 9.0
Music 6.0
Rewatch Value 10

Surpreendente e sufocante

Esse drama é completamente bizarro, mas de um jeito fascinante. Eu me envolvi tanto emocionalmente com a história e os personagens que simplesmente amei.



A premissa já começa de forma intensa: a protagonista mata o noivo após ser abusada sexualmente. Porém, ao acordar no dia seguinte, se depara com seu pior pesadelo: o corpo morto dele ainda está ali, mas, ao mesmo tempo, ele também está vivo diante dela. O que deveria ser um crime já consumado se transforma em um mistério perturbador, e a partir daí, a história mergulha em uma espiral de suspense psicológico e tensão crescente.



Com apenas seis episódios de 25 minutos, Watashi no Otto wa Reitouko ni Nemutte Iru é um mini-drama que sabe exatamente como usar cada minuto. A trama é bem desenvolvida, sem enrolação, indo direto ao ponto. Como thriller com uma forte carga dramática, ele acerta ao não perder tempo com cenas desnecessárias. Cada momento tem um propósito, e a forma como o roteiro mantém a narrativa enxuta, sem comprometer a profundidade da história, é impressionante. Há um equilíbrio perfeito entre ritmo ágil e desenvolvimento bem construído.



O ponto alto, para mim, são os twists presentes em todos os episódios. Cada cena carrega uma tensão que te empurra para a próxima, tornando impossível assistir sem maratonar. Além disso, o roteiro presta uma atenção incrível aos detalhes, soltando pistas sutis ao longo da história, seja em elementos visuais ou diálogos aparentemente triviais. Tudo foi claramente planejado desde o início, sem nada jogado ao acaso. Não há aquela sensação de “que aleatório”, porque cada peça se encaixa no final de forma lógica.



Outro aspecto que adorei foi o contraste entre os protagonistas. O male lead é carismático, o que torna sua interação com a protagonista mais intrigante. Ela, por sua vez, sofre de uma espécie de fobia social que é transmitida com tanta intensidade que cria uma atmosfera sufocante. Eu me vi prendendo a respiração em várias cenas de tão angustiante que a experiência se tornou. A dinâmica entre os dois é densa, carregada de tensão, e faz com que cada encontro deles seja quase claustrofóbico.



Até mesmo os personagens secundários desempenham papéis essenciais na narrativa. Eles estão ali para impulsionar a história e, assim como todo o resto, não têm cenas desperdiçadas.



A única razão pela qual não dou nota máxima é a cena final. Fiquei na dúvida se houve uma quebra de personagem ou se aquela fala foi apenas uma tentativa dela de se convencer do que estava dizendo (me soou mais como uma quebra). Ainda assim, no geral, é um thriller maravilhoso.



Recomendo muito!

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Completed
Yurigokoro
0 people found this review helpful
Mar 28, 2025
Completed 0
Overall 6.0
Story 6.0
Acting/Cast 10
Music 10
Rewatch Value 4.0

Bom, mas poderia ser melhor

Yurigokoro me deixou com um misto de sentimentos. Ao mesmo tempo que consigo enxergá-lo como algo excepcional, também sinto que tem falhas que o tornam frustrante.

A história se desenrola em duas narrativas paralelas: no presente, acompanhamos o protagonista, e no passado, conhecemos a história de uma mulher através de um diário que ele encontra e lê ao longo do filme. O problema é que o presente me pareceu apelativo e recheado de cenas anticlímax, o protagonista não é tão interessante.

Por outro lado, sempre que a trama volta ao passado e essa mulher assume o protagonismo, o filme se transforma. Sua história é fascinante, cheia de camadas, e a forma como sua personalidade é construída — uma espécie de sociopata que não é romantizada nem caricata — a torna incrivelmente real. Há algo profundamente humano em sua obscuridade, e cada cena sua é um espetáculo. E quando um certo homem entra em sua vida, o enredo se torna ainda mais intrigante, repleto de reviravoltas e tensão emocional.

Quando o passado e o presente se encontram, a sensação de estar assistindo a uma obra-prima se choca com a frustração de um roteiro que, no presente, não consegue sustentar o peso da história. O desfecho, no entanto, me pegou de jeito, achei tão lindo que me acabei de chorar.

O elenco é excelente, sem exceção, mas foi a dupla do passado que realmente me envolveu emocionalmente. O roteiro teve um cuidado especial ao desenvolvê-los, tornando o drama em torno deles comovente e apaixonante.

Já no presente, o impacto desse passado no protagonista me pareceu exagerado e pouco crível. Sua mudança de comportamento e as consequências de ler o diário não me convenceram, e a subtrama da namorada/noiva pareceu deslocada, como se o roteirista apenas a tivesse jogado ali sem muito propósito, por mais que tenha — havia outras formas menos apelativas de trabalhar essa parte.

No fim das contas, minha avaliação fica no meio-termo: amei, mas também não amei. Dou 3 de 5 estrelas. A produção é impecável, a cinematografia dramática combina perfeitamente com o tom da trama, e há um plot twist muito bom. Previsível em partes, mas ainda assim surpreendente. Além disso, o filme traz vários pequenos twists bem distribuídos ao longo da história, mantendo o interesse sempre em alta.

No geral, Yurigokoro é bem menos violento e bem mais dramático do que eu imaginava, mas ainda assim um bom filme.

Recomendo!

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