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Primeiro, super indico a todos assistirem. Minha review tem alguns spoilers, então apenas leia se já assistiu e quer discutir um pouco sobre essa história excelente com alguém que também amou tudo. Não existe uma pessoa má ou uma pessoa boa. Existem situações e sentimentos que as levam a cometer atos maus e bons.
Entretanto, So Moon, era uma pessoa extremamente boa. Olha, digo facilmente que me apaixonei pelo personagem dele logo no começo. A relação dele com os avós, com os amigos, com os pais e principalmente com os "colegas de trabalho" era linda, generosa, honesta. Se buscassem uma pessoa ideal para ter essa profissão de lutar contra os piores espíritos da Terra, devendo ela ser a melhor pessoa existente, com certeza essa pessoa seria o So Moon. Ele era bom de um jeito humano, real, não de um jeito fictício padrão, ele via o mal, e não era cego quanto a ele, não havia hipocrisia ali.
Ga Motak ganha como meu segundo personagem preferido, a personalidade dele, a necessidade de fazer o bem, a relação dele com os outros caçadores, e o espírito paternal dele com o Moon me faziam ficar com o coração quentinho a cada cena. E falando em relação paternal, não podemos esquecer da Sra. Chu. Não precisa de muita explicação de como ela é uma pessoa boa quando o próprio poder dela é de curar as pessoas.
Isso me leva a refletir sobre o poder deles, a necessidade de salvar a todos foi o que os motivou a seguir como caçadores, e acredito que seus poderes são como a sua força de vontade para fazer o bem se exterioriza para o mundo, como eles sentem que podem salvar a todos. Motak tem sua grande força, Sra. Chu cura as pessoas fisicamente, Hana tem uma grande sensibilidade aos pensamentos dos outros, acredito ser aqui o mais complexo dos poderes pela minha teoria, ela queria salvar sua família, mas não sabia quão mal eles estavam pela grande perda financeira e do orgulho. Ela não sabia. Não podia ler as mentes deles, ela também era apenas uma criança. Agora, como caçadora ela consegue sentir a todos, ler seus problemas, e finalmente entender seus medos, e assim ajudá-los.
Do outro lado, temos os vilões. Ji Changshin, primeiramente também não era só mal (se é se podemos falar isso). O caso dele é mais complexo. A infância conturbada, a necessidade da afeição de um pai, e um provável problema mental (me ajudem psicólogos), fizeram ele se tornar apto a abrigar um espírito maligno de maneira tão boa. Aqui encontra-se o que comecei discutindo, não existe nada só bom ou mal, existem circunstâncias, claro, a menos que você for um espírito maligno. A mente conturbada de um jovem criado para matar o transformaram no demônio retratado. Mas como disse, ele era apenas um jovem que queria ser amado pela figura paternal, podemos ver isso claramente demonstrado na relação dele com as crianças e, se me permitem ir mais longe, ao fato dele nunca ter atacado os avós do Moon para ameaça-lo, como o espírito fez quando estava no corpo do Shin MyeongHwi.
Especulações e reflexões a parte, a série nos demonstrou que o mal existe entre nós, e que nem todo ser humano nasce mal, mas também ninguém nasce bom. Nascemos e somos moldados pela vida. Há aqueles que apresentam índole negativa, e talvez estejam mais propensos a cometer o mal se virem seus objetivos frustrados. Os espíritos malignos iam atrás daqueles humanos com pensamentos ruins. O mal ali começava com a pessoa, o espírito apenas incentivava. A escolha sempre foi do humano.
Minha última ressalva será feita em relação ao Shin Hyuku. O menino teve uma infância difícil tendo o próprio demônio como pai, já que podemos ver que o Prefeito Shin MyeongHwi sempre foi alguém que só se importou consigo mesmo. Grande necessidade de falar aqui que isso não justifica as ações maldosas dele com os amigos de classe e nem com ninguém, mas nos cria uma parâmetro de porque ele agia assim. Ele queria ter controle de algo, se mostrar forte quando em casa ele não era ninguém. Compreensível, mas não aceitável. Contudo, no final temos ele sendo possuído pelo espírito, fato que me deixou reflexiva sobre o porquê. Pra mim ele não era alguém mal, o que se demonstrou verdadeiro quando ele se desculpou com todos que fez coisas ruins e reconheceu tudo que o Moon fez por ele (sou só eu que queria ver eles amigos???? *Corta para a cena de eu chorando com eles no banco de trás do táxi e o Hyuku deitado no ombro do Moon* T.T). Enfim, pra mim, o espírito só conseguiu o possuir porque ele já tinha atingido o nível 4, tendo poder suficiente para atingir alguém que não possuía grande afinidade com ele. No corpo de Hyeoku, quando o Moon apareceu, ele logo fugiu, o que talvez demonstre que ele realmente estava mais fraco por não estar em alguém totalmente compatível com ele.
E é isso, amei o dorama. AMEI. Um enorme parabéns a atuação de todos, chorei em cada cena emocionante porque os atores me fizeram sentir a história de uma maneira que apenas uma série boa com um bom elenco consegue fazer. Os caçadores pareciam como uma verdadeira família, eu ria quando eles riam, chorava com eles e me sentia orgulhosa com suas conquistas como se fossem minhas.
Como sempre, te amo OCN, nunca deixe de ser assim e fazer meus dramas favs. Amo você também Jo Byung Kyoo e foi muito bom ver a SeJeong de novo (Always I.O.I).
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Alchemy of Souls Season 2: Light and Shadow
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O pássaro de fogo e a esperança
--Contém spoiler! Só leia se já terminou de ver ♡--O ponto de partida da nova temporada, o possível grande "vilão" do arco.
Se pensarmos bem um pássaro de fogo também poderia se assemelhar a uma fênix, e o que seria uma fênix se não um sinal de esperança. O pássaro místico que ressurge das cinzas, o suposto fim da morte mas que na verdade é apenas um recomeço.
Deste ponto que podemos resumir essa temporada.
O Jang Uk literalmente morreu e renasceu, a própria suprasitada fênix, e foi encontrando em cada passo um motivo de esperança. No amor de mãe da Criada Kim, na relação de irmandade com o Dang gu e o Seo Yul, o apoio do Park Jin, a relação controversa com o Príncipe Herdeiro. E claro a redescoberta do amor com a Jin Buyeon, ou a versão clean da Naksu.
E temos assim a contrapartida da história da Naksu, que já foi a filha Cho Yeong, a assassina Naksu, a criada Mudeok, e agora a herdeira e grande sacerdotisa Jin Buyeon. Várias personas mas apenas uma personalidade, apenas um destino. E só quando ela "renasceu" das cinzas (literalmente depois de virar pedra) pode ter uma vida seguindo passo a passo por si mesma, redescobrindo-se em uma folha em branco
Duas reflexões demonstraram bem a lição do dorama:
"Quem você salvaria se duas pessoas estivessem se afogando? Não pense muito. As duas. Nunca deve se abandonar alguém que você ama."
"Seu braseiro inútil se queimou até virar cinzas. Vou espalha-las no vento, e você pode congelar e morrer."
Assim, nunca abandonar e nunca subestimar aqueles que te amam incondicionalmente, o seu poder é mante-los sempre por perto. Já que no fim, "Iluminamos a vida um do outro e abraçamos as sombras que foram surgindo." ~~crying
E pra que fique marcado, essa parte 2 foi muito mais intensa pra mim que a parte 1. Pessoalmente, minha preferida.
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Um drama sobre confiança e responsabilidade
A Review contém spoilers, então apenas leia se já terminou a obra e gostaria de ler a opinião de outra pessoa que gostou muito do enredo.○~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~○
Se podemos resumir os pontos altos desse dorama com certeza seria a construção e evolução dos personagens principais de maneira singular e como isto formou a relação de amor e confiança entre os dois.
Primeiro Liu Yuru — ela se apresenta na superfície como uma personagem de uma moça comum, que sofreu na infância por questões familiares e que por isso sonha com um bom casamento.
Já Gu Jiusi — é um menino rico e mimado, que nunca teve preocupações na vida e vive da maneira que quer.
Contudo, essa é apenas a visão superficial dos dois, e quando são obrigados a se casar, acabam por mostrar seu verdadeiro lado um ao outro, enquanto colocados em prova nas dificuldades do enredo.
A história circula entre apostas dos protagonistas, seja sobre seu casamento, suas conquistas profissionais e o futuro da nação, apostas arriscadas, mas sempre visando o bem.
A construção da relação de confiança da Yuru e do Jiusi foi palpável, bem escrita e emocionante. A relação deles foi formada passo a passo e de maneira sólida, tanto que em todos os problemas enfrentados havia diálogo entre eles, ajuda de ambos e confiança mútua em suas decisões. Eles eram realmente jades puras e essenciais para a paz do reino.
Particularmente, minha parte preferida foi a que eles ficaram em Youzhou. Todo o enredo desse arco foi impecável, tendo seu ápice na cena que Jiusi defende os portões da cidade com apenas 10 mil soldados, com a Yuru cuidando das pessoas comuns em seu interior. A tensão e o medo pode ser sentido em cada cena, em especial na que eles finalmente admitem seus sentimentos e aceitam a morte desde que fiquem juntos. — Em relação a essa última parte, mesmo que até então eles não tenham demonstrado afeições físicas, os dois já agiam como um casal que se amava, ganhando muitos pontos em demostrar que o amor em sua plenitude não é apenas algo físico mas muito mais que isso, mais sobre as emoções intrínsecas nas ações, o respeito e a confiança. Assim, naquele momento, foi possivel ver que os dois já se amavam profundamente.
Outro ponto muito gratificante de se assistir foi a colocação das mulheres neste drama, sobre eles mostrarem sua luta pela igualdade e como elas se provaram conquistando sucesso em diversas áreas de atuação, seja na rica família de comerciantes Gu, administrada com perfeição pela Sra. Jiang Rou, e posteriormente pela Yuru, a força da General Qin WanZhi, a luta da médica Ye Yun — estamos aqui para ver mulheres fod@s no poder.
Um dorama muito bom, que por ter tantas cenas e enredos bem feitos fez com que o final deixasse uma sensação que poderia ter sido mais marcante. Isso é perceptível quando analisa-se a história do grande vilão Luo Zishang, que tramou durante toda a obra para no desfecho descobrir-se que a história não era bem aquela que ele acreditava. A cena de revelação de seu grande plano foi meio vazia, não passando a emoção que deveria — Eu esperava mais um "eu sou seu irmão" e uma grande reação. Contudo, no final é compreensível que um drama todo focado na importância da confiança entre os personagens finaliza-se com o entendimento que as pessoas que você mais ama e te ajudam são as que você deveria confiar — não em alguém que tramou a obra inteira.
Alem disso, por outro lado, o fim em relação ao futuro do reino me agradou, apesar de não ser um final feliz para todos.
Como a série mostra, o trono é um lugar solitário. E todos que chegaram lá acabaram de certa forma destruídos. O enredo de Fan Xuan e Zhou Gaolang foi triste de se assistir, eles eram melhores amigos, irmãos, mas a pressão do trono fez com que eles se afastassem. Uma suspeita, um mal entendido, fez com que houvesse uma quebra de confiança. Amargamente, apesar disso, no final vemos que Fan Xuan errou em suas palavras e atitudes, mas que no fundo seus sentimentos sempre foram os mesmos que dividiu com Zhao Gaolang no começo de suas jornadas. Contudo, Zhao Gaolang se sente traído, acreditando na perda da confiança de seu amigo somada a dificuldade de interpretação da fala ambígua de Fan Xuan ao pedir para ele ser o próximo imperador, que no começo pareceu um teste, mas no final era mesmo a vontade de um pai que queria muito acreditar que seu filho poderia mudar.
Por fim, Zhao Gaolang sobe ao trono, destruído, sem sua família, sem seu melhor amigo, mas com a responsabilidade de manter o Estado seguro, a mesma responsabilidade que os dois assumiram quando conquistaram Darong da rebelião.
Posteriormente o trono é dado a Zhou Ye, outro personagem com um bom caráter, e junto com Ye Shi'an, Shen Ming, Ye Yun, e claro Jiusi e Yuru, criam uma dinastia mais justa e próspera — sendo este um bom final para toda a luta dos protagonistas.
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Como um dorama de música deveria ser
Sinceramente, eu gostei muito da trama central desse dorama, dos nossos principais Gun e Tinn e da saga da banda Chinzhilla. Ademais, o fato de não termos personagens tóxicos.Desde o primeiro episódio até o último foi lindo testemunhar o amor do Tinn pelo Gun, e como essa sinceridade e entrega conquistou o último. Não foi nada forçado ou incoerente, foi o simples amor jovem crescendo a partir das ações.
Eles são muito Sodium Radium Potassium NARAK ♡
Um Plus ainda ao melhor personagem da série, o Tiwson, sério mesmo, o melhor amigo que alguém poderia ter. Ele sempre apoiou o Tinn em todas situações, dando conselhos coerentes e ajudando de verdade sempre que possível. Sofreu e ficou feliz com o amigo, estando sempre lá por ele. Basicamente ele representava a gente no drama.
Por último, e mais importante, a nossa banda. Quando se trata de uma série de música, gosto muito quando o foco é na >música< (e sim, em música boa), e foi isso que aconteceu, no final eu também me tornei fã do Chinzhilla, torcendo pelo sucesso deles, como bem deveria ser.
Devo pontuar coisas simples, como os momentos em que eles cantavam ao vivo mesmo, acapella ou só com o violão, foi lindo! Amei de verdade as músicas e suas apresentações, e repito para deixar bem frisado >o drama quer te passar que eles são bons e esforçados e é isso que você sente nas apresentações deles<
As músicas são boas e as apresentações também. Sem nada artificial, autotunado ou com uso de música gravada em momentos que estão cantando ao vivo (só quem assiste bastante drama de música sabe...)
Gun, Por e Sound cantaram muito bem, e até o Tinn mostrou o que sabe, não tenho nada a reclamar quanto as músicas desse drama, só elogiar mesmo — e muito.
Por fim, quero destacar uma das minhas cenas favoritas, a que a mãe do Gun canta, com eles cantando depois, que cena linda, além deles cantaram muito bem, a cena conseguiu transmitir todas as emoções do momento, e vai continuar marcada na minha mente por um tempo.
"Apesar do fato de que a escola deveria ser um lugar para aprendermos sobre nós mesmos."
"Talvez devemos esperar até que os dinossauros sejam extintos, e os humanos governam o mundo."
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[CONTÊM SPOILERS, só leia se já assistiu!]
(Essa review contém meus pensamentos finais depois de terminar o drama, assim, há spoilers.)O drama, como o próprio nome revela, é sobre dois irmãos. O plot é simples ao nos dizer nos primeiros episódios que ambos são separados no nascimento e serão obrigados no futuro a se matarem.
Enfim, a primeira crítica plausível a se fazer é que o drama tem como personagens principais dois irmãos, e particularmente, eu comecei a assistir esperando ver as cenas das interações dos dois, de inimigos forçados a irmãos gêmeos. E sim, eu estava muito ansiosa para isso.
Contudo, apesar do plot proporcionar diversas possíveis histórias interessantes sobre amor fraternal, isso não acontece muito, e sinto que essa foi minha maior frustação com o drama (Isso fica evidente como a última cena do drama não é do futuro dos irmãos mas sim de seus interesses amorosos).
Outro ponto interessante a se destacar foi o final das irmãs do Palácio de Yihua, principalmente da Yaoyue. Apesar de todo maldade, sempre gostei dela lá no fundo, mais como meu eu interior amando ver uma personagem foooda feminina. Ela era poderosa, mas se deixou levar por uma falsa ilusão de um homem que ela pensava gostar dela. Isso é no mínimo triste, pensar no rumo que sua vida levou por conta dessa desilusão. Entretanto não fica claro porque ela acreditou tão seriamente que o Jiang Feng a amava, ou se ela apenas possuía um grande sentimento de possessividade (que se pode ver um pouco que ela tem em relação a sua irmã). No decorrer da história ela alcança o nível mais alto na Palma de Jade Yihua, habilidade que se diz necessitar se desprender dos sentimentos mundanos, mas é um pouco difícil acreditar nisso quando analisamos a mente da personagem. Por fim, fico apenas esperando que houvesse uma reviravolta no final que desse um final mais justo as irmãs.
Sobre os relacionamentos amorosos dos protagonistas, sinto um enorme e concluinte vazio. No começo, amava a relação do Xiaoyue e da Tie Xinlan, eles tinham muita química e a construção da história fazia muito sentido. No decorrer da história foi se adicionado o temível triângulo amoroso, decorrente da insegurança do Xiaoyue, vendo o interesse amoroso junto com alguém que considerava perfeito (e que sabia que o queria morto) e da Xielan que, desiludida de seu amor que considerava não recíproco, encontrou alguém cheio de qualidades que era devotado por ela. Sobre a Su Yer, gostei da personalidade diferenciada dela, que combina perfeitamente com a do Xiaoyue, e confesso que fiquei felizinha com algumas cenas deles. Contudo, ao final, fiquei feliz pela felicidade dos personagens em si, mas não por shippar os pares formados.
Ainda possuo muitos mais pensamentos conflitantes sobre outros personagens que me incomodam, e poderia escrever muito mais sobre cada um.
Comecei a ver o drama pelos irmãos e apenas terminei por eles. Ainda assim é interessante a forma como o drama retrata a presença do bem e do mal, e como nem sempre aqueles que se acredita ser bom ou mal, realmente assim o são por inteiro.
É um bom drama, indico que assistam, mas fica aquele sentimento que poderia ter sido muito melhor.
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(Só leia se já terminou de ver, tem spoilers :3)Como eu poderia descrever esse drama?
Foi envolvente do começo ao fim, eu costumo ter um apreço já marcado pelos dramas da OCN, toda a aura de suas produções, desde a personalidade dos personagens, aos plots sombrios e a sinceridade da maldade humana, são todos pontos perfeitos para mim.
Um segundo fator determinante que me fez assistir foi a presença do Yoon Shi Yoon, sou apaixonada por ele, alem de sua atuação ser sempre excelente. (E sim, já te adianto que mais uma vez ele me surpreendeu com seu talento).
Train conseguiu me manter curiosa para saber como seria o final, e qual seria a história que eles estavam tentando nos contar.
Primeiramente, em qual mundo Do Won deveria ficar? Podemos pensar que ele se transportou para o Mundo B no momento mais desesperador de sua vida, com a morte da sua pessoa amada, lembrando que a relação para com ela era literalmente sua única razão de viver, como citado diversas vezes por ele. Ele era policial além disso, talvez sua ambição de proteger a Seo Kyung tenha o feito escolher esta profissão pautada em proteger os outros, e ao se ver no impasse de descobrir diversos corpos sem obter uma solução tenha feito o clímax de seu desespero ser ainda maior. É aí então que acontece a passagem entre mundos. Pelo desespero de querer mudar o que seria irreparável.
No novo mundo tudo parece igual até certo ponto, diversas versões finais de um mesmo molde. E é daí que vem a reflexão sobre o preço de nossas escolhas e seu posterior Efeito Borboleta. Para o destino dos principais, uma sombrinha mudou tudo, pelo menos é o que eles nos fazem acreditar no começo. Depois percebemos que a intenção dos dois Dowon sempre foram as mesmas, um abrindo mão da própria sombrinha para a menina que cativou o seu olhar, enquanto o Dowon do Mundo B preferia dar a ela uma segunda que possuía, sem abrir mão de sua própria. Paralelamente podemos ver isso também em suas próprias escolhas futuras, com Dowon do Mundo A abrindo mão de sua carreira na Academia de Polícia, enquanto o outro não tinha obrigações para com ninguém e entrou na Academia.
Os personagens principais representaram bem o seu título, enquanto os secundários eram bem como NPCs, não determinando realmente uma mudança significativa entre os mundos.
Analisando-se o final, em minha mera opinião, podemos perceber que por mais que tanto nosso personagem principal quanto nossa querida, e louca, chefe, queriam desesperadamente mudar um fato terrível de suas vidas, não podemos fugir do destino, ele parece te acompanhar em todos os mundos que você tenta fugir. O final ficou em aberto, a interpretação vai do que você achar melhor. Para mim, Dowon tentou se matar a fim de preservar a vida de sua amada, o sentimento desesperador estava ali de novo em seu coração, o que gerou o aparecimento do trem para outro mundo, um terceiro mundo que nós não sabemos muito, mas que vemos que lá Dowon é agora o chefe, ou seja, não encontramos a presença da nossa querida mãe insana. Será que aqui ela encontrou uma forma de salvar a si e seu filho, talvez pela forma mais simples, não abandonando a criança, fazendo com que ela cresça sem amor e de forma ressentida?
Na última cena temos Dowon se encontrando com Seo Kyung, uma cena linda e conclusiva de que realmente não podemos fugir de nossos destinos, estando eles sempre destinados a se encontrar não importando em que parte do universo eles estejam. Para mim, talvez aquela Seo Kyung não seja a do Mundo B, talvez uma outra de outro Mundo não apresentado na história, que assim como nosso Dowon viveu tudo aquilo para descobrir o peso das decisões e como elas, às vezes, só nos mostram que a simplicidade da vida é aceitar as mudanças e fazer o melhor para aqueles que amamos enquanto ainda podemos, respeitando o fim daquilo que mais amamos.
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