É um filme que enquanto você assiste você pensa "acho que erraram aqui" pra no final descobrir que não era furo de roteiro, e sim, o plot twist.
Como ela dirige sem nenhuma identificação? Que diferença faria ela estar no apartamento durante o incêndio? Pq ela questiona a mãe se a vida de quem não comsegue ouvir é difícil, invés de levar em consideração a própria vida? Pq na cena da piscina ela quase chora e fica imóvel, como se realmente estivesse ouvindo ele? — ai eu já tinha sacado 100%, impossível ignorar isso — Foram momentos que deixaram uma pulguinha atrás da orelhas mas eu considerei que provavelmente era só um vacilo da produção, mal sabia eu.
Ele abrange muitos aspectos levantando muitas questões sobre crescimento, o medo que ela sente em se relacionar com ele por achar que por ele ser "deficiente auditivo" ela teria que se dedicar a cuidar dele assim como ela faz com a família – por exemplo na cena que ela questiona a mãe se ela não sentiu medo das filhas nascerem com deficiência e viverem uma cheia de dificuldades. Toda a responsabilidade que ela mesma coloca em si também vira uma questão, ela achar que por nascer do jeito que nasceu era obrigação dela viver pelos outros se deixando sempre por último – e no final percebendo que ela nem mesmo sabia quem ela era mais.
É tão fluído, tão leve, você nem ve a hora passar. Vale muito a pena!!!!