Completed
Lisse
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Sep 7, 2020
16 of 16 episodes seen
Completed 0
Overall 9.0
Story 9.0
Acting/Cast 10
Music 8.0
Rewatch Value 9.5
It's Okay To Not Be Okay é um drama sul-coreano produzido pela tvN, contém 16 episódios com 1 hora e 15 minutos de duração cada e está disponível na Netflix com o título traduzido para Tudo Bem Não Ser Normal. Dirigido por Park Shin Woo e com reotiero da Jo Yong.

A trama gira em torno da Moon Young, uma escritora de livros infantis que sofre de um transtorno de personalidade anti-social e não conhece o amor devido a forma que foi criada pela mãe, e Gang Tae, um assistente de saúde muito empático ao lidar com os pacientes na clínica psiquiátrica em que trabalha, que também ao cuidar de seu irmão mais velho autista, Sang Tae.

Esse drama foi a minha aposta para o segundo semestre e fiquei maravilhada por não estar errada, tanto que ele figurou no TOP10 da Netflix por várias semanas, tanto no Brasil como pelo mundo. Com um enredo que mescla muito bem o psicológico e comédia, além de uma boa dose de fantasia e romance. Foi fácil observar como a Coreia tem potencial ao abordar de forma verdadeira transtornos psicológicos e saúde mental.

Por causa do tema, já era de se esperar que os personagens não fossem os mais fáceis - nem de lidar ou entender. A começar pela escritora Moon Young, uma protagonista forte, quase como um trator passando por cima do que acha ser errado e também do que considerava ser o certo, tornando-se ambígua e impulsiva. Ela é capaz de nos levar do riso às lágrimas com sua mente ao criar histórias, inserindo nelas muito realismo e dor.

Moon Young conhece Gang Tae quando precisa visitar o pai que está internado na clínica psiquiátrica. É quase um amor à primeira vista ─ coisa do destino, como ela mesma diz ─, e para piorar, o irmão dele, Sang Tae, é apaixonado pelos livros dela, o que torna os encontros impossíveis de serem evitados.

E por falar nos livros, preparem-se para ser bombardeados por lindas historinhas animadas sendo desenvolvidas de acordo com o que os episódios querem revelar. São maravilhosas, ─ e se cabe uma referência literária aqui ─, eu senti muita vibe do Neil Gaiman ao longo da trama por conta do realismo mágico, dando muita vontade de adquirir todos os livros da Moon Young.

Claramente, eu não esperava que o retorno de Kim Soo Hyun às telas fosse com Gang Tae, um personagem de origem humilde com um peso gigante nas costas por criar o irmão mais velho após a morte da mãe, e muito menos que ele fosse se relacionar com uma mulher rica. Eu estava acostumada a vê-lo de terno e sendo soberbo, e não com camisas de uma única cor e calça jeans. Isso apenas mostrou como um ator com muitas facetas pode se tornar ainda melhor saindo da zona de conforto.

Gang Tae é cheio de qualidades, já que é isso que o torna tão atraente para Moon Young, mas também é uma pessoa que passou a vida toda se anulando e sendo o que achava que se esperava dele. Porém, ao longo da trama é nítido como ele e o irmão evoluem. E meu Deus, como falar do Sang Tae? Um personagem autista com uma inteligência e criatividade absurda, que apesar de viver em seu mundo particular, também é muito ciente do que acontece à sua volta. E com a chegada da Moon Young na vida deles, esse choque de realidade vai aumentar.

De forma alguma, o romance fica em segundo plano. Moon Young e Gang Tae tem uma química explosiva desde o primeiro episódio que se sustenta até o final. Com todos os problemas que existem entre eles, conseguem manter o interesse e até transpor alguns de maneira altruísta e saudável. Ninguém precisa se excluir para que caiba na vida do outro, se apoiam e a ajuda é mútua. Um casal que dá gosto de acompanhar.

Todos os personagens são maravilhosos e o crescimento deles é gigantesco; uma evolução bonita para todas as partes, mas principalmente para o Sang Tae que precisava se desenvolver e ter mais autonomia sobre a própria vida. Eu não conseguiria desenvolver pontos sem revelar em excesso, mas foi um drama coreano com o final mais redondo e emocionante.

O elenco secundário possui ótimos atores e algumas participações especiais. No hospital psiquiátrico é possível acompanhar diversas histórias de vida que apesar de não ganhar muito destaque aparecem quando necessário para condizer com o episódio. Um destaque especial para o diretor da clínica e o editor da Moon Young, que com um jeito debochado deram alívio cômico no momento certo.

O único ponto negativo são os furos no roteiro nas partes que envolviam a mãe da Moon Young. Fiquei aguardando um desenvolvimento maior dos motivos que a levaram a agir como agiu, se ela tinha de fato algum problema psicológico e como conseguiu despistar tantas pessoas por tanto tempo. Achei muito enrolado todo o mistério e quando apresentado foi insuficiente.

Citação: "Aquele que negligencia e faz vista grossa ao abuso é pior do que a pessoa que abusa."

A fotografia e cenografia são esplêndidas, algo que eu nem me admiro mais vindo da tvN. O adicional de ter uma animação inserida ali também deu um toque diferente, fazendo tanto a história do drama como a dos personagens se relacionarem. A trilha sonora sempre me fisga nas cenas mais emocionantes, o que tornou "In Silence" da Janet Suhh muito especial.

Eu senti a necessidade de recomeçar os episódios logo assim que terminavam, pois sempre ficava com a impressão de que não tinha absorvido tudo tamanha a intensidade de algumas cenas ou a mensagem que queriam passar. É uma dorama para assistir sem pressa, mas que também dá a necessidade de que é preciso ver os episódios de forma corrida, seja pelo gancho do final ou para saber como toda a trama vai se desenrolar.

Com certeza vou colocar It's Okay To Not Be Okay no meu TOP de 2020 pela forma como me emocionou e da importância do tema. Então se você está procurando um roteiro intenso com um toque de fantasia, personagens cativantes e que não deixam à desejar, acredito que esse drama coreano é para você.

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Completed
Jeyzu
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Sep 27, 2021
16 of 16 episodes seen
Completed 0
Overall 8.0
Story 9.0
Acting/Cast 8.0
Music 5.0
Rewatch Value 5.0

Just one

Esta es mi primera reseña en esta página y solo puedo decir que es la primera vez que quiero comentar algún dorama que vi , porque los coreanos y los latinos somos demasiados distintos en cultura y humanidad. Excepto por el alcohol y que siempre he tenido esta contradicción como mujer y sujeto de derechos por la ausencia del respeto de las igualdades con Corea. Debo decir que deje este drama para los últimos que vi de Netflix porque por regla general las caras bonitas producen un extraño rechazo en mi y hacen que pre juzge una actuación porque generalmente no me convencen, en este caso el hermano autista del protagonista dio una clase de interpretación magistral que me robó el corazón lloré porque me dolió el alma , me identifiqué con las mascaras que nos ponemos para funcionar relativamente bien en la sociedad y definitivamente es el K- drama más significativo que he visto hasta hoy.

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Completed
Medss
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Jan 11, 2022
16 of 16 episodes seen
Completed 0
Overall 10
Story 10
Acting/Cast 10
Music 9.5
Rewatch Value 10
This review may contain spoilers

Em busca da afeição real

It's okay to not be okay é certamente um dos doramas mais marcantes e mais bem executados em tudo que se propõe. Uma história sobre a superação de traumas por meio da união de pessoas que compartilham dores negligenciadas em nome do conforto das pessoas próximas e como isso só piora a situação da própria pessoa e de quem a entorna, o trio principal entrega atuações incríveis, em especial a Seo Ye Ji e o Oh Jung Se, a Sra Ko e o sang tae respectivamente, a primeira entregando uma personagem excêntrica que a primeira vista parece ser uma psicopata, e chaga a ser um pouco, mas que com o passar do tempo mostra que é só uma pessoa carente ao extremo, efeito de uma criação afastada de tudo e todos, mas que não sabe demonstrar afeto de uma maneira não possessiva, tratando as pessoas como objetos. já o segundo entrega uma das melhores atuações que já vi se tratando de personagens com transtornos/deficiências, visto que é muito fácil cair no caricato ao interpretar tais personagens, o que não é o caso aqui, toda a jornada de afirmação dele perante os outros é muito bem executada, e com momentos muito emocionantes.
Por fim temos o Gang Tae, personagem do Kim Soo Hyun, o na minha opinião personagem menos marcante mas mais bem desenvolvido, todo o desenvolvimento dele aceitar que o irmão é um ser separado dele e que pode se cuidar sozinho enquanto ele também se aceita como um ser independente e que não foi feito só para cuidar do irmão é muito bom.

O plot twist principal também é bem feito, o elenco secundário funciona bem como alívio cômico, a trilha sonora é boa mas nada muito incrível. outro ponto a se destacar são as histórias da Sra Ko, todas muito marcantes visualmente e com mensagens que realmente me levaram a refletir sobre diferentes aspectos.

Concluindo, it's okay to not be okay é certamente um dos doramas que eu mais recomendo se você quer uma emocionante jornada de aceitação e de não cura, mas aceitação de traumas e como conviver com eles através do compartilhamento dessa dor com quem você ama.

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It's Okay to Not Be Okay (2020) poster

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