This review may contain spoilers
Não parece, mas uma hora acaba.
A jornada para assistir esse cdrama foi longa e curta, ao mesmo tempo. Em tempo real, foi curta. Em tempo emocional, longa. Longa demais.
Vamos lá, quando planejamos roteiros e seus arcos, os planejamos para que sejam coerentes e verossímeis. O começo de um ideia é sempre empolgante de escrever, mas o ponto é: temos que levar essa empolgação, coerência e verossimilhança até o fim. Se você planeja uma série de 35 episódios, pois faça os 35 episódios valerem a pena. Não desista no meio do caminho.
Os primeiros episódios foram bastante interessantes. Mesmo se tratando de um romance clichê, tivemos quebras na temporalidade com três períodos do relacionamento sendo retratados, modo documentário com os personagens contando sua história, o romance não sendo a chave de ignição principal - relacionamento entre amigos e família tinham grande importância -, os coadjuvantes tinham grande peso. Tudo isso foi se perdendo aos poucos. A narrativa se tornou linear e o roteiro tomou um rumo usual. A impressão que fica é que demitiram o criador original da ideia e contrataram alguém pra remendar o resto do drama. E é isso: metade da série parece uma série de remendos, com situações incoerentes e personagens mal desenvolvidos. Todos os aspectos que tornavam o cdrama promissor, morreram. O últimos 10 episódios foram insuportáveis de assistir.
O relacionamento da amiga e do irmão foi totalmente mal desenvolvido. Eles ficaram amigos por anos e, depois de um noite de bebedeira, ele de repente de apaixona incondicionalmente. Toda a personalidade dele é derrubada. A insegurança dele sobre casar e ter filhos é derrubada com um diálogo. Uma frase dita por ela depois do beijo foi "por que não senti nada?" (ou seja, ideia de superação do romance na adolescência). Corta pra ela sofrendo loucamente até o último minuto.
Passaram-se vários episódios sem abordarem o relacionamento da amiga com a mãe. Corta pros 45' do segundo tempo com as duas resolvendo suas diferenças devido à doença da mãe. Quase um episódio só dedicado à isso.
Sobre os pais da protagonista: o padrasto sofre um acidente e se torna paraplégico e se utilizam do humor (!!!) para retratar sua queda para o alcoolismo (que aliás, é resolvido do nada também). O papel da mãe só é se preocupar com o filhos, cuidar do marido e ficar brava.
Sobre o amigo birrento: simplesmente um desperdício de evolução. Ele é do jeito que é por causa da criação restrita, sempre se envolveu em problemas, mas tem bom coração. Ele é assim aos 18 anos. Manteve-se assim aos 24 anos. Tinha tudo para aprender com erros, experiência dentro da empresa que montou, mas em nenhum momento ele para de agir de modo irresponsável e inconsequente. E ele agindo que nem um creepy com a menina rica? Plot horroroso e sem sentido nenhum. Ela fica com ele por pura carência por não ter tido atenção a vida.
E o casal principal? Primeiramente vamos deixar algo claro: interpretar alguém introspectivo não significa robotizar a performance. O ator é péssimo, só sabia fazer duas expressões e não sabia interpretar nuances para deixar o personagem humanizado. A atriz é boa, porém a personagem é um porre. Tem carisma, mas é insuportável. Mas isso é só minha percepção, porque (pelo menos) ela tem boa evolução na narrativa.
Último, mas não mais importante: o que era aquela p*rra de direção de fotografia? O que são aqueles filtros que insistiam em colocar aleatoriamente? Não tinha um padrão, não tinha uma linguagem estética, não tinha sentido! Parecia apenas que as lentes estavam sujas e algumas vezes limpavam, outras não. Numa mesma cena, tinha filtro num plano e cortava pra outro que não tinha! HORRÍVEL!!!
Além disso, notei problemas de continuidade e maquiagem mal feita em certos momentos.
O plot dos últimos episódios, com certeza, foram feitos para preencher algum espaço, como se tivessem que atingir uma cota de roteiro ou na grade de programação.
Assisti com uma força que nunca achei que teria. Orgulho de mim mesma.
Vamos lá, quando planejamos roteiros e seus arcos, os planejamos para que sejam coerentes e verossímeis. O começo de um ideia é sempre empolgante de escrever, mas o ponto é: temos que levar essa empolgação, coerência e verossimilhança até o fim. Se você planeja uma série de 35 episódios, pois faça os 35 episódios valerem a pena. Não desista no meio do caminho.
Os primeiros episódios foram bastante interessantes. Mesmo se tratando de um romance clichê, tivemos quebras na temporalidade com três períodos do relacionamento sendo retratados, modo documentário com os personagens contando sua história, o romance não sendo a chave de ignição principal - relacionamento entre amigos e família tinham grande importância -, os coadjuvantes tinham grande peso. Tudo isso foi se perdendo aos poucos. A narrativa se tornou linear e o roteiro tomou um rumo usual. A impressão que fica é que demitiram o criador original da ideia e contrataram alguém pra remendar o resto do drama. E é isso: metade da série parece uma série de remendos, com situações incoerentes e personagens mal desenvolvidos. Todos os aspectos que tornavam o cdrama promissor, morreram. O últimos 10 episódios foram insuportáveis de assistir.
O relacionamento da amiga e do irmão foi totalmente mal desenvolvido. Eles ficaram amigos por anos e, depois de um noite de bebedeira, ele de repente de apaixona incondicionalmente. Toda a personalidade dele é derrubada. A insegurança dele sobre casar e ter filhos é derrubada com um diálogo. Uma frase dita por ela depois do beijo foi "por que não senti nada?" (ou seja, ideia de superação do romance na adolescência). Corta pra ela sofrendo loucamente até o último minuto.
Passaram-se vários episódios sem abordarem o relacionamento da amiga com a mãe. Corta pros 45' do segundo tempo com as duas resolvendo suas diferenças devido à doença da mãe. Quase um episódio só dedicado à isso.
Sobre os pais da protagonista: o padrasto sofre um acidente e se torna paraplégico e se utilizam do humor (!!!) para retratar sua queda para o alcoolismo (que aliás, é resolvido do nada também). O papel da mãe só é se preocupar com o filhos, cuidar do marido e ficar brava.
Sobre o amigo birrento: simplesmente um desperdício de evolução. Ele é do jeito que é por causa da criação restrita, sempre se envolveu em problemas, mas tem bom coração. Ele é assim aos 18 anos. Manteve-se assim aos 24 anos. Tinha tudo para aprender com erros, experiência dentro da empresa que montou, mas em nenhum momento ele para de agir de modo irresponsável e inconsequente. E ele agindo que nem um creepy com a menina rica? Plot horroroso e sem sentido nenhum. Ela fica com ele por pura carência por não ter tido atenção a vida.
E o casal principal? Primeiramente vamos deixar algo claro: interpretar alguém introspectivo não significa robotizar a performance. O ator é péssimo, só sabia fazer duas expressões e não sabia interpretar nuances para deixar o personagem humanizado. A atriz é boa, porém a personagem é um porre. Tem carisma, mas é insuportável. Mas isso é só minha percepção, porque (pelo menos) ela tem boa evolução na narrativa.
Último, mas não mais importante: o que era aquela p*rra de direção de fotografia? O que são aqueles filtros que insistiam em colocar aleatoriamente? Não tinha um padrão, não tinha uma linguagem estética, não tinha sentido! Parecia apenas que as lentes estavam sujas e algumas vezes limpavam, outras não. Numa mesma cena, tinha filtro num plano e cortava pra outro que não tinha! HORRÍVEL!!!
Além disso, notei problemas de continuidade e maquiagem mal feita em certos momentos.
O plot dos últimos episódios, com certeza, foram feitos para preencher algum espaço, como se tivessem que atingir uma cota de roteiro ou na grade de programação.
Assisti com uma força que nunca achei que teria. Orgulho de mim mesma.
Was this review helpful to you?